Caipirinha, orgulho brasileiro

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Se temos algo genuinamente brasileiro do qual devemos nos orgulhar, é nosso drinque nacional: a caipirinha. Então, nada melhor para comemorar o feriado de 7 de setembro do que uma boa caipirinha acompanhando o seu churrasco ou qualquer outra receita deliciosa da sua preferência.

E como conhecimento nunca é demais, que tal conhecer um pouco da história da bebida que é um orgulho para os brasileiros e de quebra a aprender a receita?

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A origem da caipirinha

A caipirinha nasceu no interior paulista no século XVIII. Naquela época, a cachaça, abundante nos vilarejos, era consumida pura por seus apreciadores. Para não abandonar o trago quando estavam doentes, eles a teriam transformado em remédio acrescentando limão e alho, ingrediente logo abandonado.

O nome não tem origem precisa, mas, segundo alguns historiadores, surgiu no século XIX na província de São Vicente. O nome é uma alusão a quem consumia o drinque: pessoas vindas do interior, conhecidas como caipiras.

A pintora modernista Tarsila do Amaral, responsável por difundir a caipirinha em Paris na década de 20.

Símbolo nacional

Mas é só no início do século XX que a caipirinha ganha status de símbolo nacional. O mundo fervilhava, os anos 20 eram de agitação cultural e o Brasil, se achando inferior, buscava seu próprio caminho. Nesse cenário, na cidade de São Paulo, surge o Modernismo Brasileiro, revoltando-se contra as amarras impostas pela Europa.

Literatura, pintura e poesia tiveram um nova rota a seguir a partir desse movimento. E o Modernismo, acima de tudo, valorizava a cultura e os valores brasileiros, tais como a velha e boa cachaça que começa a ganhar o apreço das elites urbanas, já que nas festas dos modernistas, ela, na forma de caipirinha, era presença obrigatória.

Um dos expoentes do Modernismo, o escritor Oswald de Andrade, deixou em seu diário:

 “Trago rapadura de cidra e uma alma pré-homérica cheia de pinga com limão. Positivamente amanhece na vida.”

E a caipirinha ganha o mundo

Oswald de Andrade casou-se com Tarsila do Amaral, a maior de nossas pintoras modernistas e uma apreciadora da caipirinha, já que vinha de uma rica família de fazendeiros do interior de São Paulo.

Em Paris, ainda na década de 20, o casal organizava famosas feijoadas para seus amigos europeus. Nessas ocasiões, a caipirinha era servida a caipirinha, drinque que era um retrato das suas origens paulistas e caipiras.

E aqui, uma curiosidade, o feijão era fácil de arrumar nos mercados,  mas a cachaça para a caipirinha vinha do Brasil e passava pela alfândega francesa rotulada como “produto de beleza”.

O drinque virou sucesso na Europa e ganharia o mundo definitivamente, principalmente embalado pela bossa nova a partir da década de 50.

Atualmente, a caipirinha figura no cardápio de coquetéis de restaurantes da Alemanha aos Estados Unidos, do Japão à Austrália. E, todo turista quando desembarca no Brasil quer logo tomar sua caipirinha.

Caipirinha clássica – Receita

Ingredientes

  • 1 limão
  • 1 dose de cachaça
  • 2 colheres (sopa) de açúcar
  • cubos de gelo a gosto

Modo de preparo

Lave, seque e corte as extremidades do limão. Corte a fruta em 8 gomos, da seguinte maneira: corte em 4 partes no sentido do comprimento e, cada parte, em 2 metades.

Transfira os gomos do limão para um copo baixo, junte o açúcar e amasse com um pilão.

Complete com os cubos de gelo, despeje a cachaça e sirva a seguir.

Caipirinha
Fonte: Panelinha
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